Tropas estelares brasileiras: os estados reféns da farda
- Sara Goes
- 8 de dez. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 9 de dez. de 2024
"De São Paulo à Bahia, passando pelo Ceará, a violência policial mostra que o desafio de equilibrar segurança pública e democracia não se limita a espectros políticos ou regiões"

No livro Tropas Estelares, de Robert A. Heinlein, o militarismo é a base de uma sociedade organizada em torno do serviço armado, que define quem é digno de cidadania. A narrativa árida (chata mesmo) explora como a lógica da força e do combate se infiltra em todas as esferas, concentrando poder nas mãos das forças militares. Na obra de 1959, Heinlein constrói um mundo onde o dever militar não é apenas um meio de defesa, mas uma estrutura central de organização política, relegando questões como responsabilidade democrática a um segundo plano.
Aqui, na vida real do Brasil, a violência policial e a crescente autonomia das forças de segurança continuam a desafiar os limites do controle civil. A realidade brasileira, marcada por episódios de abuso e pela dificuldade de implementar transparência, se aproxima da distopia criada por Heinlein: uma sociedade onde o controle e a força sobrepõem-se aos direitos civis e à democracia.
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