Panair do Brasil e as memórias do meu avô. Parte 1
- Sara Goes
- 31 de out. de 2024
- 1 min de leitura
Atualizado: 1 de dez. de 2024

Em 1965, a história da aviação brasileira testemunhou o colapso de um de seus maiores ícones. A Panair do Brasil, uma das mais respeitadas companhias aéreas do país, teve suas concessões de voo arbitrariamente cassadas pelo governo da Ditadura Militar. Longe de ser uma questão financeira, como alegado pelas autoridades da época, essa foi uma operação política cuidadosamente orquestrada para eliminar opositores do regime e beneficiar concorrentes mais alinhados com o poder.
Os donos da Panair, Mario Wallace Simonsen e Celso da Rocha Miranda, foram alvos da repressão por suas ligações com o governo de João Goulart, deposto pelo golpe de 1964. Em uma manobra de bastidores, a Panair teve suas rotas suspensas e transferidas para a Varig, que já estava prontamente posicionada para assumir os voos. Conforme detalhado no livro Pouso Forçado de Daniel Leb Sasaki, a queda da Panair exemplificou a cumplicidade entre os militares e os interesses comerciais, resultando no desmantelamento de uma das maiores companhias aéreas do Brasil.
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