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A utopia tecnofeudal dos bilionários

Bilionários planejam escapar do colapso que ajudaram a causar, construindo cidades privadas e bunkers de luxo. É a utopia tecnofeudal em andamento


Bilionários do Vale do Silício sonham com "cidades livres", fora do controle estatal, inspiradas pela ficção científica. Essa ideia representa uma tentativa de escapismo e autonomia elitista baseada na riqueza. Essas cidades são concebidas como feudos corporativos criptografados, onde as empresas dominam, não há leis tradicionais e a elite se isenta das consequências do capitalismo acelerado.

Temendo o colapso climático e social, bilionários estão construindo bunkers e planejando comunidades autossuficientes, inclusive na Groenlândia, em fuga do caos que ajudaram a criar. Naomi Klein expõe o colonialismo high-tech, onde a elite imita o modelo de Israel para estabelecer nações privadas — algo que ela chama de “sionismo tecnológico”.

A inteligência artificial, embora considerada a nova "bolha econômica", é vista como incompatível com as metas climáticas e reforça a lógica do colapso, agravando a desestabilização da vida. Essa elite promove um discurso misógino e antiempático, com influenciadores como Elon Musk e Zuckerberg criticando a empatia como fraqueza, moldando uma ética individualista e cruel.

O neoliberalismo deixou de prometer um futuro próspero; a nova direita é radical, apocalíptica e sem esperança, o que, paradoxalmente, pode abrir espaço para novas alternativas sociais. A filosofia do "Dark Enlightenment" de Curtis Yarvin influencia bilionários a desejarem monarquias tecnocráticas, onde a elite da tecnologia ocupa o topo da hierarquia social. Usando bilhões, essas elites financiam mídias, influenciadores e campanhas para naturalizar sua ideologia. A tecnologia torna-se, assim, uma ferramenta para construir uma ideologia autoritária e desigual.

 
 
 

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